domingo, 13 de novembro de 2011

Filmes Pós-Niteroi

 

A Pele que Habito (2011) - um dos melhores que vi após minha vinda a Niteroi. Almodóvar faz mais um longa com todos os elementos peculiares de suas obras, como o clima novelesco, a perversão e o humor bizarro, mas com a criativade e originalidade de roteiro transpondo qualquer outro filme seu. (Falo comparando com os poucos que já assisti: Volver, Ata-me! e Fale com Ela).
Conceito: Excelente


O Palhaço (2011) - filme dirigido e protagonizado por Selton Mello traz uma fotografia bacana, um roteiro bem parado, poética e minimalista. Gostei bastante pois matei a saudade (ou a tive aumentada) pelas imagens do cerrado e do interior da minha Minas Gerais.
Conceito: Bom


Melancolia (2011) - agressivo e profundo como todo bom drama deve ser. Sem dúvida o filme mais melancólico que já vi. Impossível não ficar desconcertado com essa obra espetacular de Lars von Trier.
Conceito: Excelente


Central do Brasil (1998) - muito bom, como todos sabem. Só eu mesmo que ainda não tinha o visto.

Os Incompreendidos (1959) - clássico do cinema francês totalmente desconhecido pra mim. Bem simples. De François Truffaut.
Conceito: Muito bom


Terror na Ópera (1987) - (Festival do Rio) - filme TRASH.
Conceito: Regular


O Mercado - (Festival do Rio) - documentário indiano bastante interessante sobre o comércio de rins num vilarejo na Índia, tendo como clientes principalmente os canadenses.
Conceito:Muito bom


My Joy (2011) - (Festival do Rio) - filme ucraniano com uma fotografia inovadora (na minha opinião), principalmente no que diz respeito à "desfocalização" do personagem central. Várias cenas são compostas de eventos ocorrendo no segundo plano, tirando a atenção exclusiva do personagem principal na mesma, como geralmente ocorre. Isso foi uma tentativa bizarra de descrever o que percebi lá. Quem entender de técnicas de fotogragia, me explique. Lembra muito "Onde os fracos não têm vez", principalmente pelo final inesperado e confuso.
Conceito: Bom


Chantrapas (2010) - (Festival do Rio) apesar da tentativa do diretor de fazer algo autobiográfico e que mostrasse os infortúnios sofridos por um cineasta iniciante, simplesmente odiei o longa pelo humor pastelão e a falta de uma história realmente interessante.
Conceito: Péssimo



Sleeping Beauty (2011) - dirigido por Julia Leigh. O trailer me deixou bastante curioso e foi realmente o que eu esperava: fotografia excelente e atuação de Emily Browning muito boa. A tentativa de fazer os personagens mais profundos QUASE deu certo, mas ainda faltou algo. E não, não o entendi completamente.
Conceito: Bom


Up - Altas Aventuras (2009) - animação mediana e bem "nonsense". Quadrilha de cães falantes e uma casa flutuante são exemplos da criatividade do roteirista.
Conceito: Bom


sábado, 9 de abril de 2011

A Fita Branca

     
Nome original:Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte
Direção: Michael Haneke
Elenco: Susanne Lothar, Ulrich Tukur, Burghart Klaubner, Josef Bierbichler.
Gênero: Drama
Ano: 2009



      Filme é uma tese sobre a origem do MAL que assolou a Alemanha no século passado.
      Michael Haneke traz a história de um pequeno vilarejo alemão através da narração de um professor sobre estranhos fatos que começaram a acontecer no local, ano ano de 1913. Alguns moradores começaram a ser atacados, trazendo um clima de desconfiança entre os moradores.
      A história começa quando o médico da vila cai do cavalo graças a um arame estendido em frente à sua casa. Desde então, como o próprio narrador diz, os fatos a seguir poderiam dar uma dica das razões do a Alemanha se tornou mais tarde: cenário de ódio, repressão e intolerância. E o que vemos nas cenas seguintes não é nada mais do que isso, porém sempre coberto com o véu da religião, educação e paternalismo.
      O filme é focado nos relacionamentos familiares, principalmente nas famílias do pastor e do médico. Com a típica organização e rigor que tanto admiramos nos europeus, as crianças sofriam forte repressão e uma educação à base da punição. Aí entra o nome do longa: a fita branca amarrada no braço das crianças, após o castigo, serve para lembrá-las da pureza e inocência. Tal fita lembra muito àquela usada pelos judeus após a ascensão nazista ao poder.
O diretor soube explorar de um jeito magnifíco a inocência infantil sendo confrontada com a violência. Por fim, o filme todo é uma personificação da sociedade alemã que, de tão massacrada pela inveja, ódio e repressão, acaba mais tarde apoiando o nazismo.
Além disso, "A Fita Branca" é um filme visualmente bonito, graças principalmente ao preto-e-branco que faz com que o clima seja ainda mais frio e seco.



Conceito: Excelente