terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dançando no Escuro

     
Nome original: Dancer in the dark
Direção: Lars Von Trier
Elenco: Björk, Catherine Deneuve , Jean-Marc Barr , Peter Stormare, David Morse
Gênero: Drama/Musical
Ano: 2000


     Drama poderoso e simples. Do jeito que um filme desse gênero deve ser.
      Decidi assistir esse longa graças à sua direção. Tendo assistido outros dois filmes de Lars Von Trier ("Anticristo" e "Dogville"), já tinha uma noção de seu estilo de trabalhar. Como nos outros dois, esse tem como principal característica a falta de recursos cinematográficos mais complexos. Toda a filmagem é feita com uma câmera sem tripé, cuja inquietação faz as cenas se tornarem incrivelmente reais. Como num vídeo caseiro, a câmera anda entre os personagens dando uma ampla noção de espaço, fazendo o espectador ser um participante da trama.

      O roteiro é extremamente original e cativante. Selma Jeskova é uma imigrante da Tchecoslováquia que mora nos Estados Unidos para juntar dinheiro para fazer uma cirurgia nos olhos de seu filho, que pode ficar cego a qualquer momento. Com muito trabalho e lutando contra sua própria perda gradativa da visão, está prestes a conseguir o dinheiro suficiente quando ele é roubado. A partir daí, a história torna-se ainda mais dramática. Além disso, a personagem é uma admiradora de musicais, pois como ela diz, neles não há tragédia. Dessa maneira, sua história é mesclada com cenas musicais, partes de sua fantasia para fugir da realidade. Entretanto, essas foram as cenas que menos me agradaram e por isso prefiro ver o longa como um drama e não um musical. Sem algumas músicas penso que o roteiro fluiria melhor. Mesmo assim devo dizer que a música "I've seen it all" foi muito bem interpretada por Björk que, além de cantar, deu um show de atuação.
      Filme brilhante, com roteiro original e um final extremamente emocionante.



Conceito: Muito bom

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Réquiem para um sonho

     
Nome original: Requiem for a dream
Direção: Darren Aronofsky
Elenco: Ellen Burstyn,Jared Leto
Gênero: Drama
Ano: 2000


      Mais um filme que retrata o mundo das drogas. Diferente de Eu, Christiane F., 14 anos, drogada e prostituída, esse tem um toque mais poético e dramático, envolvendo as emoções dos personagens de uma maneira mais profunda e usando a fotografia e trilha-sonora de uma maneira fantástica.
     O filme possui quatro personagens centrais que levam o espectador ao mundo do vício. Sara Goldfarb é uma mulher de meia-idade que se vicia em remédios para emagrecer. Seu único filho, Harry, aplica droga todos os dias com sua namorada Maryon e seu amigo Ty. Dessa meneira, cada um dos quatro tenta correr atrás de seus sonhos ao mesmo tempo que têm sua vida indo para o fundo do poço graças às drogas.
     Quando digo "uma viagem através mundo do vício", me refiro à capacidade do longa de nos transportar, principalmente atráves da trilha-sonora e da fotografia, para o universo de sensações e perturbação dos personagens. A música instrumental acompanha as histórias durante quase todo o tempo, oscilando junto com o roteiro, nos momentos de tensão, tranquilidade e desorientação. O principal objetivo do filme não foi simplesmente chocar e embrulhar o estômago do espectador (como no filme já citado no primeiro parágrafo), mas sim expôr as razões, os sentimentos, angústia e principalmente a perspectiva dos envolvidos. A cada cena todos vão se decompondo e se tornando seres perdidos, dignos de pena. A partir de um momento, você passa a vê-los como crianças carentes que vêem nas drogas uma felicidade rápida e fácil, mas totalmente artificial e efêmera.
     "Réquiem para um sonho" te faz experimentar sensações perturbantes e após seu término, você sente algo parecido com uma ressaca. Com uma trama profunda, emocionante e contada de um jeito extremamente original, é bem recomendável.



Conceito: Bom

Colocando em dia ...

     

     Após um longo tempo sem postar regularmente no blog, decidi, com as férias, atualizá-lo. Essa não é a primeira vez que tento retomar as atividades no "Caderno de Cinema" mas, tendo em vista que estou com onze filmes que ainda não vi aqui em casa, espero que minha inspiração aflore dessa vez.
    
     Para colocar o blog em dia, fiz algumas minirresenhas de alguns filmes que lembro ter visto nesse período sem postagens. Sim, foram bem poucos.


    


Gandhi

    

     Ótima biografia de um dos maiores líderes da história. Filme excelente e bem produzido perfeito pra conhecer sua filosofia que conseguiu inspirar toda uma nação para lutar por sua independência.

Conceito: Muito bom





Queime depois de ler

    

     Mais novo filme dos irmãos Cohen. Como "Onde os fracos não têm vez" (dos mesmos diretores), esse longa também é uma espécie de brincadeira com um tipo de história, nesse caso as de espionagem. Com Brad Pitt interpretando um papel tão bizarro quando todo o roteiro, é imperdível pra quem gosta de humor inteligente.

Conceito: Bom





Na Natureza Selvagem

    

     Filme fantástico baseado em fatos reais. Um homem abandona sua família e toda sua vida para para se transformar num andarilho que tinha como único destino as terras solitárias do Alasca. Além das paisagens legais, o filme traz muitas mensagens. Trilha-sonora de Eddie Vedder.

Conceito: Muito bom





Os Normais 2

    

     Há muito tempo não ria tanto assistindo um filme. Nesse novo episódio, Rui e Vani procuram uma mulher que aceite fazer ménage à trois (sexo a três) com eles. Toda a história se passa em uma noite que traz inúmeras confusões e cenas que te farão rolar de rir. Apesar do tema, o roteiro não excede na pornografia barata como sempre vemos em filmes de comédia.

Conceito: Muito bom





Arraste-me para o Inferno

    

     Suspense que poderia ser melhor se não tivesse uma mistura trash/comédia. Tinham um roteiro que poderia ser bem assustador mas preferiram colocar cenas bizarras. Entretanto, a cena que fazem contato com o demônio Lâmia mereceu aplausos.

Conceito: Regular



     
     
Agora sim! A partir dessa semana, aguardem postagens mais frequentes no "Caderno de Cinema". Até mais!