sábado, 31 de janeiro de 2009

Quem quer ser um Milionário?

     
Nome original: Slumdog Millionaire
Direção: Danny Boyle
Elenco: Dev Patel, Freida Pinto, Azharuddin Mohammed Ismail.
Gênero: Drama
Ano: 2009


      Filme britânico filmado na Índia traz roteiro que merece a premiação de melhor adaptação do ano, ao contrário do tal "Benjamin Button". Outro ponto diferente daquele é que aqui não encontramos efeitos especiais, nem maquiagem complexa, nem deslumbre visual, a não ser com relação às paisagens indianas. Assim, "Quem quer ser um milionário?" é mais simples tecnicamente falando, porém mais competente na história.
      Jamal está concorrendo a uma fortuna em um programa de perguntas e respostas, quando é obrigado a contar como ele, um suburbano de Mumbai, conseguiu se sair tão bem no jogo. A partir daí, conhecemos sua história de vida, que vem à tela a cada pergunta que o aproxima do grande prêmio de 20 milhões de rúpias. Assim como em "O Caçador de pipas", os personagens principais são dois garotos: Jamal e seu irmão, Salim. Isso acontece até certo ponto da história quando suas vidas tomam um rumo diferente. Entretanto, a principal de sua história é a linda Latika, conhecida sua desde a infância e por quem ele alimenta um sentimento especial.
      Em meio às agradáveis canções indianas, vemos uma bela história cujo protagonista é o destino. Como na crença daquele país, vemos que se uma coisa deve acontecer, ela irá. Está escrito. Filme simples, bonito e inocente. Não chega a ser excelente, mas é bem agradável. Torço para que ganhe prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Canção Original e talvez Melhor Direção também.


     

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Kung Fu Panda

     
Nome original: Kung Fu Panda
Direção: Mark Osborne e John Stevenson
Vozes: Jack Black, Angelina Jolie, Dustin Hoffman
Gênero: Animação
Ano: 2008


      Po é um urso panda que trabalha com seu pai num restaurante de macarrão. Mesmo sendo muito desajeitado, acaba sendo escolhido para ser o Dragão Guerreiro, que deve proteger a região de um antigo inimigo: o traiçoeiro Tai Lung. Po terá que enfrentar preconceito, sua má forma física e seu medo para mostrar que pode sim ser um lutador de kung fu competente. Assim, como a maioria das animações, o filme traz uma lição de superação e de que podemos ser qualquer coisa que quisermos se simplesmente acreditarmos nisso. Com a minha sinopse, parece que estou falando de um filme totalmente dramático, mas não é isso. "Kung Fu Panda" não traz tantas risadas quanto "Madagascar", mas elas vêm em algumas cenas. A comédia se deve mais às falas do panda e seus gestos (que de tão perfeitos, parecem de um ator de carne e osso) do que das surras e tombos que ele leva. Vamos esperar a noite do Oscar para ver se ele vai conseguir bater seu concorrente pela estatueta de melhor animação, "Wall-e". Devido aos comentários em relação a aquele, duvido muito que o panda gordo consiga vencê-lo.


     

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button

     
Nome original: The Curious Case of Benjamin Button
Direção: David Fincher
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett
Gênero: Drama
Ano: 2008


     Favorito ao Oscar 2009 surpreende pela qualidade técnica, mas...
     Como todos já sabem, o longo filme (139 minutos) conta a história de Benjamin Button, que nasceu com características de um idoso e a cada dia vai se rejuvenescendo. O filme começa em uma sala de hospital com uma velha à beira da morte que pede à sua filha para ler o diário de Button. A velha é Daisy, mulher que teve papel importante em sua vida. A partir daí vemos o nascimento do bebê que foi abandonado na porta de um asilo por seu pai logo no seu primeiro dia de vida devido às suas estranhas características.
     Primeiramente devemos exaltar a perfeita maquiagem que foi a responsável pela metamorfose de Brad Pitt durante o ciclo de vida inverso de seu personagem. Outro ponto que merece recordações é a fotografia, que constrói imagens espetaculares. "O Curioso Caso..." é um filme que guardo principalmente pelo visual, extremamente bem montado. A trilha-sonora de Alexandre Desplat, apesar de não ser tão deslumbrante e chamativa, não poderia combinar melhor com as cenas e as emoções que ela quer passar.
     Cate Blanchett interpreta a tal Daisy, paixão da vida de Button, que conheceu quando ambos eram ainda crianças. Não que a australiana tenha atuado mal, mas acho que o papel simplesmente não lhe caiu bem. Brad Pitt? Nem cheira, nem fede. Agora, o que eu mais esperava de fantástico me desapontou: o roteiro. Se é "o curioso caso", esperava que pelo menos a situação incomum do personagem fosse mais relevante em sua vida. O filme conta a história de um homem. O fato de esse homem ser tão diferente não faz a história ficar nem de perto interessante. Se ele tivesse uma vida normal, a história conseguiria passar as mesmas lições de auto-ajuda, que parece ser seu principal objetivo. Pelo menos não até o final do filme, após ele reencontrar sua amada Daisy e finalmente ficarem juntos. Só a partir desse ponto sua situação começa a ficar dramática: ela envelhece enquanto ele vai se tornando cada vez mais jovem; condição que faz o casal de separar para sempre. O filme salva pelo final, que é previsível, porém tocante.
      A morte e a efemeridade da vida, junto com mais algumas lições de vida são mensagens constante no filme. Na verdade, ele quase se resume a isso. Quase tudo é batido e previsível. Visual excelente em um roteiro bem monótono e fraco. Esse é "Benjamin Button".


     

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

LIVRO: Mais pesado que o céu

     
Nome original: Heavier than Heaven
Autor: Charles R. Cross
Gênero: Biografia
Ano: 2002


     Charles R. Cross escreve uma biografia de Kurt Cobain que surpreende pela riqueza de detalhes.
     Quem nunca ouviu "Smells like teen Spirit" ao menos uma vez na vida? Essa é uma das muitas canções escritas e cantadas por um músico loiro vindo de Aberdeen, uma cidade minúscula próxima a Seattle. Filho de Wendy e Don Cobain, teve sua vida mudada após o divórcio de seus pais quando tinha 8 anos de idade, envolveu-se com drogas na adolescência e morou em várias casas durante sua conturbada juventude. Sua vida é posta em palavras como se tivesse sido escrita pela próprio protagonista. Tal característica se deve as mais de 400 entrevistas e quatro anos de pesquisa feita por Ross.
     Ilustrada com fotos de família e com passagens do diário de Kurt em vários capítulos, a obra traz por completo a trajetória entre o ano de 1967 e 1994, datas onde sua vida começa e termina. Brigas de família (principalmente a péssima relação com o pai), a primeira transa, as namoradas que teve, a luta pela ascensão à fama e o repúdio à mesma, a gravação dos três discos da banda, os bastidores do shows, as mais de quinze overdoses de heroína no ano de 1994, o casamento com Courtney Love e o nascimento de sua filha Frances são alguns acontecimentos presentes no livro.
     A vida do roqueiro que influenciou toda uma geração e chegou às paradas da Billboard é marcada por conflitos internos, drogas, depressão, carência, contradições e principalmente por auto-desprezo. Na biografia, Cross traz também interpretações das músicas que, na maioria das vezes, são de caráter auto-biográfico e que nunca entenderíamos se não conhecêssemos a vida do compositor. O autor também faz análises psicológicas da confusa mente de Cobain, mas, devido aos diários e entrevistas de conhecidos, acredito que não tenha sido uma coisa tão complexa de se fazer.
      Como esperado, a riqueza de detalhes faz a obra ficar enfadonha em certas partes, como a briga da banda com a gravadora. Fora isso, o livro é perfeito para os fãs e talvez o único motivo que te prende ao livro é se você for um. Caso contrário, você vai se chocar com tanta auto-destruição nos últimos anos da vida de Kurt. O conteúdo pesado e bizarro (como a forma de Cobain escrever em seu diário e em suas letras, típico de um esquizofrênico, ou talvez só um admirador da anatomia humana) assusta e com certeza você vai terminar o livro abalado emocionalmente graças ao desfecho: suas cinzas sendo jogadas por sua filha em um riacho, cinco anos depois de ele ter enconstado o cano de uma espingarda no céu-da-boca e apertado o gatilho.



     Veja abaixo vídeos do Nirvana (Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl). Dentre as melhores músicas estão: "Smells like teen Spirit", "Come as you are", "Bleed", "Heart-Shaped box", "Aneurysm", "Pennyroyal Tea", "All Apologies", "You know you're right", "Serve the servants", "Lithium" e mais umas dezenas...

Nirvana - Vídeos
     

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Mamma Mia!

     
Nome original: Mamma Mia!
Direção: Phyllida Lloyd
Elenco: Meryl Streep, Pierce Brosnan, Amanda Seyfried, Stellan Skarsgard, Colin Firth
Gênero: Musical
Ano: 2008


     Mais um bom musical, agora com canções da banda sueca ABBA.
     Sophie é uma jovem que mora em uma pacata ilha em algum lugar da Grécia. Como está prestes a se casar, aproveita a ocasião para convidar três homens que fizeram parte do passado de sua mãe (Meryl Streep) e são seus possíveis pais. Essa reunião de antigos amores e os preparativos para o casamento vão agitar muito a ilha de Kalokairi.
     Esse foi o filme de estréia de Phyllida Lloyd, e, como a direção, o filme é essencialmente feminino, com a maioria dos musicais cantados por mulheres. Tais musicais oscilam entre dois ápices: extrema histeria e farra das canções mais agitadas e profundo romance das músicas mais calmas. Meryl Streep interpreta com talento sua personagem e mostra que ainda tem muita energia para pular e dançar, que é o que ela mais faz na história. Junto com as músicas, há também as coreografias que são, em geral, bem frenéticas, dando a sensação que você está assistindo a alguma cena de "High School Musical". Além da boa produção, como bonitos cenários (que não deixam de ser artificiais de tão coloridos), o filme traz principalmente alegria, festa e animação à tela. Porém, aprovo a obra graças às excelentes músicas do ABBA, que até então não conhecia tão bem. Viva o cinema!


     

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cinema: perspectivas para 2009

     

     Abaixo estão listados os filmes que com certeza vou assistir nesse ano que se inicia, pois tenho expectativas positivas em relação a eles. Alguns estrearam no fim do ano passado mas ainda não vi por algum impedimento do destino, como a incapadidade de um cinema do interior exibir bons longas e na mesma data que o resto do país. A maioria dos trailers possui legenda e sugiro que assista os que lhe interessar.
     

Slumdog Millionare

      Drama britânico que ganhou 4 Globos de Ouro esse ano. O filme se passa na Índia e conta a história de Jamal Malik, prestes a ficar milionário com um prêmio de um programa de televisão quando é preso por suspeita de trapaça. A pergunta é: como um jovem pobre pode ter tanto conhecimento a ponto de ser classificado no programa? Assim, Jamal tem pouco tempo para provar sua inocência e então passamos a conhecer a história de sua vida nos subúrbios de Mumbai.

Clique aqui para ver o trailer.
     

A Troca

     Angelina Jolie interpreta uma mãe na luta para reencontrar seu filho que desapareceu.

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O Curioso Caso de Benjamin Button

     Brad Pitt é Benjamim Button, um homem numa situação bem estranha: nasceu velho e se rejuvenesce a cada dia que passa. Com Cate Blanchett.

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Vicky Cristina Barcelona

     Duas mulheres, Vicky e Cristina, viajam à Barcelona para passar as férias e acabam se envolvendo em confusões amorosas com um artista e sua ex-mulher. Mais novo filme de Woody Allen, com Penélope Cruz, Javier Bardem e Scarlett Johansson.

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Crepúsculo

     Baseado no livro que virou ondinha dos adolescentes em 2008, "Crepúsculo" traz a história de amor conturbada entre um jovem vampiro e uma mortal.

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Marley e Eu

     Após tantas críticas positivas, fiquei curioso para ver esse filme sobre um homem que adota um cão para treinar suas habilidades como pai. Amor homem-cachorro, com Owen Wilson.

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Harry Potter e o Enigma do Príncipe

     Como um ex-fã fanático, sinto-me obrigado a esperar com ansiedade o novo filme do bruxo que agora entra na fase mais obscura de sua saga até agora.

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Austrália

     Só de ter Nicole Kidman no elenco, esse filme já entra na minha lista desse ano. A atriz interpreta uma aristocrata inglesa que tem como missão fugir de sua fazenda levando junto 2.000 cabeças de gado, contando com o apoio de um áspero australiano (Hugh Jackman). Vamos ver como os dois de sairão como dupla romântica nessa jornada épica, que ainda conta com alguns obstáculos, como bombardeios, pois a trama é contemporânea à Segunda Guerra.

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Sim, Senhor!

     Novo filme do rei da comédia americana, Jim Carrey. Carl Allen se inscreve num programa de auto-ajuda que tem como meta fazer com que seus adeptos sigam "sim" para tudo. A partir daí você já sabe: muita bagunça e lição de moral.

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Anjos e Demônios

     Baseado no livro de Dan Brown, Robert Langdon enfrenta uma ameaça que pode destruir toda a cidade do Vaticano. Com Tom Hanks e Ewan McGregor.

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Era do Gelo 3

     Último filme da trilogia de uma das maiores animações do cinema traz a conhecida turma diante do desafio de enfrentar um Tiranossauro Rex e uma charmosa esquila que está afim de Scrat e suas nozes.

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A Dúvida

     Filme baseado em uma premiada peça e com Meryl Streep interpretando uma freira que acusa um padre de abusar sexualmente de um dos alunos da escola em que trabalham, mas a dúvida está sempre presente. Filme com diálogos inteligentes, segundo críticos.
     
Veja o trailer aqui!

Rebobine, por favor

      Comédia com Jack Black interpretando um homem que, após um acidente, passa a ter o cérebro magnetizado e por isso destrói todos os filmes da locadora de seu amigo. Agora ele conta com a ajuda da população da cidade para refilmar todas as obras perdidas.

Operação Valquíria

      Tom Cruise é o general nazista Claus von Stauffenberg que faz parte de um plano para tirar Hitler do poder e assumir seu lugar, em 1944. O ator já foi até ameaçado de morte por causa do papel, tomara que tenha valido a pena.

O Leitor
     Ralph Fiennes e David Kross interpretam Michael, em idades diferentes, que relembra o momento mais importante de sua vida: quando sua amada (Kate Winslet) é presa e julgada pelos porcos nazistas.

Veja o trailer aqui!

Foi apenas um sonho
     Depois de "Titanic", esse é o primeiro filme que traz Kate Wislet e Leonardo DiCaprio juntos novamente, agora interpretando um casal em crise. Os dois escondem uma terrível frustação pelo seu relacionamento e decidem viajar à França para tentar salvá-lo. O filme parece trazer análises bem feitas da personalidade dos personagens e contéudo inteligente.



     

sábado, 17 de janeiro de 2009

Frida

     
Nome original: Frida
Direção: Julie Taymor
Elenco: Salam Hayek, Alfred Molina, Geoffrey Rush
Gênero: Drama
Ano: 2002



      A sétima arte, além de todas as emoções, impacto e influência que gera no espectador, também o possibilita conhecer pessoas brilhantes que viveram nesse mundo e que nunca conheceríamos se não fosse pelos filmes. Biografias no cinema são obras que me marcam profundamente.
      Em "Frida", conhecemos a vida da pintora mexicana Frida Kahlo, embora o filme não mostre sua adolescência nem infância. A artista viveu de 1907 até 1954 e teve sua vida marcada pela saúde fraca, um grave acidente de ônibus que a deixou de cama por um longo período e seu casamento com o comunista Diego Rivera.
     O que torna a vida da pintora tão incrível é sua conduta destemida e inovadora, principalmente para a época. Sua relação aberta com o marido, sua bissexualidade e sua boemia são, por exemplo, comportamentos distintos da maioria. Sua vida parece ter sido feita para ser roteirizada, ainda mais quando é ela quem recebe o comunista russo Leo Trotsky em sua casa e ainda tem um caso com o político.      A técnica de mesclar os atores com as pinturas de Frida em algumas cenas ficaram interessantíssimas e junto com a trilha-sonora mexicanas e as cores vibrantes, também características de seu país, fazem um belo espetáculo. "Frida" é, ao lado de "Piaf", uma das melhores biografias que já vi no cinema e tenho certeza que ela vai te marcar.

Mais:

Veja aqui, a pintura de Frida Kahlo, "Viva La Vida", que inspirou o nome de uma das músicas que fizeram mais sucesso em 2008, da banda Coldplay.
Veja aqui, o restante da esplêndida galeria de quadros da artista.


     

Tomates Verdes Fritos

     
Nome original: Fried Green Tomatoes
Direção: Jon Avnet
Elenco: Kathy Bates, Mary Stuart Masterson, Mary-Louise Parker, Jessica Tandy
Gênero: Drama
Ano: 1991


     Evelyn Couch conhece uma velha senhora em um hospital que lhe conta a história sobre a amizade entre sua cunhada Idge e sua amiga Ruth. Com a história de superação e coragem das duas amigas, Evelyn começa a se transformar de uma frágil e triste dona-de-casa para uma mulher cheia de vida. A amizade é o tema principal do longa.
     O filme é apenas bonito, e com certeza vai agradar quem é sensível e gosta de histórias com lição de vida. Não é nada de espetacular, mas ganhou pontos pois se passa numa cidade do interior, racista e pacata, o que é bom para conhecermos outros cenários americanos. Também não achei tão grandiosa a atuação de Kathy Bates, mas existem algumas delas nesse filme, como a de Jessica Tandy, que interpreta a idosa. Mas se você é sensível e facilmente se emociona, vá em frente!



     

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Efeito Borboleta

     
Nome original: The Butterfly Effect
Direção: Eric Bress e J. Mackye Gruber
Elenco: Ashton Kutcher, Kamy Smart, Elden Henson, William Lee Scott, Eric Stoltz
Gênero: Suspense
Ano: 2004


     Apesar de ter Ashton Kutcher, espere mais de "Efeito Borboleta".
     Assim que terminei de revê-lo, lembrei na hora de outros dois filmes que vi há pouco tempo: "Corra, Lola, Corra" e "Magnólia". Os três tratam de coisas que poderiam ser, fatos que poderaim ter acontecido, a infinidade de rumos que nossa vida pode tomar, mas principalmente: como afetamos a vida de outras pessoas.
      Evan descobre que tem a capacidade de voltar em acontecimento passados em sua vida e alterá-los e o faz, o que causa consequências no futuro que cada vez mais exigem uma correção. Esses acontecimentos que Evan tenta corrigir giram em torno dele e de seu grupo de amigos, durante a infância e adolescência, que é composto por Kayleigh, Tommy e Lenny. Ou seja, os três exercem influência na vida um do outro, e as alterações que Evan faz no passado influenciam o futuro dessas três pessoas.
      Para tratar de tal tema, Eric Bress e J. Mackye Gruber tiveram que fazer extremas simplificações de como a lei de ação-reação funciona. Por exemplo, os fatos que Evan pode alterar são sempre os mesmos e mesmo assim, uma sutil mudança torna o futuro dos personagens totalmente diferentes, ignorando o restante de suas vidas que não se resume a tais fatos. Isso não é uma crítica, pois acredito que escrever um roteiro mais bem feito sobre esse assunto seja desnecessário, tendo em vista que o desse filme já é muitíssimo interessante. Além de tudo, a singularidade da história de "Efeito Borboleta" supera expectativas e vai te surpreender.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Cães de Aluguel

     
Nome original: Reservoir Dogs
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Tim Roth, Harvey Keitel, Steve Buscemi, Quentin Tarantino, Michael Madsen
Gênero: Ação/Policial
Ano: 1992


     Primeiro filme de Quentin Tarantino é uma excelente ação que mostra que ele tem uma das coisas que mais prezo: originalidade.
     Uma quadrilha rouba uma joalheria, mas o plano não funciona muito bem graças a um traidor desconhecido que está entre eles. Após o assalto começa o jogo de cães e gato, ou talvez seja mais apropriado usar a expressão "cães e rato" aqui. Além de muito sangue e tiros, o longa tem partes engraçadas e diálogos longos e banais, bem ao estilo de Quentin. A trama não segue exatamente a ordem cronológica, sendo usados flashbacks para apresentar cada personagem. O final também surpreende e por fim, "Cães de Aluguel" é um bom filme, até melhor que "Pulp Fiction".

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Fale Com Ela

     
Nome original: Hable con ella
Direção: Pedro Almodóvar
Elenco: Javier Cámara, Leonor Watling, Darío Grandinetti, Rosario Flores
Gênero: -
Ano: 2002


     Mais uma história de amor mirabolante de Pedro Almodóvar.
     O filme traz a história de dois homens que em certo se tornam bem parecidas e se cruzam. O que torna a vidas de Marco e Benigno similares é o coma que suas respectivas amadas entram após sofrerem um acidente (não o mesmo, vale ressaltar). O roteiro é bem mais do que isso, mas não devo contá-lo para não acabar com a surpresa tendo em vista que ele é realmente bizarro, engraçado, sexual e todos aqueles adjetivos relacionados a Almodóvar. Vendo que esse foi até indicado para o Oscar de Melhor Roteiro Original, você pode imaginar como é inusitado, não deixando de ser exatamente no estilo do cineasta (leia "Ata-me!"). Apesar disso, não achei o enredo tão magnifíco a ponto de concorrer à premiação. Claro, é bem original, mas pela sua simplicidade e leveza não acho que chegue a esse ponto, mesmo eu sendo um admirador das obras de Almodóvar. Ótima diversão para os fãs desse espanhol que me surpreende a cada filme e que traz nesse até participação especial de Caetano Veloso e sua música.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Shakespeare Apaixonado

     
Nome original: Shakespeare in love
Direção: John Madden
Elenco: Gwyneth Paltrow, Joseph Fiennes, Geoffrey Rush, Ben Affleck, Judi Dench
Gênero: Romance
Ano: 1998


     Filme vencedor de 7 Oscar traz William Shakespeare como protagonista de uma história de amor proibido durante, assim como a maior história romântica de todos os tempos de sua autoria. Na verdade, a criação de "Romeu e Julieta", no filme, é uma consequência de seu romance com sua amada Viola De Lesseps que foi usada como inspiração após um bloqueio mental que o impedia de escrever novas peças.
     O filme é classificado como "comédia" mas não sei onde alguém vê humor nesse filme. Sim, existem partes com piadinhas e situações cômicas, mas quase todo filme tem isso, ou estou enganado? Bem, o que quero dizer é que o mais marca na trama é o romance do casal que, com a belíssima trilha-sonora composta somente por músicas instrumentais (é realmente bonita, do contrário nem me daria ao trabalho de comentar), consegue emocionar sem idealizar demais o sentimento entre os dois, apesar dos milhares de versos amorosos recitados. Gwyneth Paltrow ganhou o Oscar por sua atuação mas não demonstrou nada fenomenal a não ser sua beleza, sendo a Direção de Arte e o Figurino os que mereceram sem dúvidas a premiação, como "Moulin Rouge". É um romance (ou comédia, se preferir) agradável e leve que mostra um Shakespeare jovem e sonhador e a luta para se fazer teatro na época do reinado da famosa Elizabeth.