domingo, 25 de outubro de 2009

SÉRIE: House (1ª temp.)

     
Nome original: House
Criada por: David Shore
Elenco:Hugh Laurie, Lisa Edelstein, Omar Epps, Robert Sean Leonard, Jennifer Morrison
Gênero: Drama médico
Ano: 2005


Dr. Gregory House é um médico bem diferente do idealizado por todos. Com seu sarcasmo, frieza e muita competência comanda o Departamento de Medicina Diagnóstica em um hospital universitário em Princeton. Ele e sua equipe formada por outros três profissionais, Dr.ª Allison Cameron (imunologista), Dr. Robert Chase (médico intensivista) e Dr. Eric Foreman (neurologista), enfrentam a cada dia um caso médico misterioso e é seu trabalho descobrir qual a patologia do paciente.
     House seria melhor descrito como um detetive-médico tendo em vista que usa de métodos investigativos para chegar aos diagnósticos e sua astúcia é tão grande quanto de Sherlock Holmes. Outras características curiosas são a sua perna manca e seu vício em Vicodin, um analgésico que alivia as dores dessa mesma perna manca. Faz tudo para ficar o mais longe possível de seus pacientes porque prefere trabalhar com os fatos médicos e não com pessoas.
      A primeira temporada começa sem nenhuma apresentação mais completa dos personagens, dando a impressão que havia mais episódios anteriores. Nesse momento também é que somos apresentados à estrutura de praticamente todos os 22 episódios dessa temporada: paciente passa mal e vai pro hospital, chegando lá seus sintomas não são facilmente explicáveis, equipe do Dr. House é incumbida de fazer o diagnóstico, concluem algo, mudam de idéia por que descobrem que o paciente mentiu sobre alguma coisa, concluem outra coisa e solucionam o caso. A maioria tem esse paradigma, em alguns casos, mudando a ordem dos acontecimentos. Pr essas razões, toda a temporada passa sem início, meio e fim. Um dos poucos episódios que merecem ser revistos ou relembrados é o "Três histórias" que não segue essa linha e no qual Dr. House dá uma palestra em que cita exemplos de casos clínicos e, no final, descobrimos que um deles é o seu próprio caso, quando ele adquiriu o defeito na perna devido a um aneurisma.

     Cisticercose, bulimia, enfarte, hanseníase, Doença do Sono, são algumas coisas sobre as quais você aprenderá a cada episódio. Às vezes temos a impressão de que estamos assistindo a um documentário da BBC. Diálogos técnicos longos fazem a trama ficar extremamente cansativa a não ser talvez para um estudante de medicina. Além do mais, todo a história é focada no paciente e sua patologia. Ao contrário de "Grey's Anatomy", nessa série não quase nenhum relacionamento pessoal entre os médicos e tudo que temos na maior parte são suas vidas profissionais. Alguns efeitos especiais interessantes são usados quando fazemos uma pequena viagem pelo organismo do paciente e vemos a causa dos sintomas, como um coágulo entupindo uma veia ou a traquéia de fechando.
     A personalidade forte de Gregory irrita e a partir de um certo momento você passa a vê-lo como uma pessoa patética que tenta a todo instante provar que é inatingível e absoluto, mas que não passa de um infeliz rancoroso. Os outros personagens são tão pouco explorados que no final, você os conhece tão bem quanto no início. Tudo isso causado pela mesma razão: o esquecimento das ações dramáticas que envolvem os personagens como pessoas comuns, e não como médicos.

     Percebe-se que os roteiristas de "House" tinham como objetivo escrever uma série educativa e que trouxesse o trabalho dos médicos para o conhecimento de todos. Porém, o resultado foi um conjunto de tramas entediantes (quando não cansativas) que possuem a mesma forma e que por isso não causam a menor curiosidade para você colocar no DVD player o disco do próximo episódio. Se não fosse por curiosidades médicas que estão presentes na trama, não sobraria nada de interessante. Provavelmente, meu conhecimento desse seriado ficará restrito à primeira temporada.


     
Conceito: Regular

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Corra, Lola, Corra

     
Nome original: Lola Rennt
Direção: Tom Tykwer
Elenco: Franka Potente, Moritz Bleibtreu, Herbert Knaup
Gênero: Ação
Ano: 1998


     Esse filme alemão é simplesmente brilhante, eletrizante, inteligente e original.
     O diretor Tom Tykwer oferece três versões para uma mesma história: Lola precisa correr muito para conseguir 100 mil francos em vinte minutos para salvar a vida de seu namorado. Cada uma das três partes tem meia-hora de duração e um final diferente.
     Só a idéia mencionada acima já demonstra como o filme é genial. Além disso, a trama mostra como estamos todos interligados e interferindo nos acontecimentos nas vidas uns dos outros. Assim como qualquer número pode sair quando jogamos um dado, qualquer evento pode acontecer à nossa volta pois tudo é um resultado de vários acasos. Podemos ser qualquer coisa e qualquer coisa pode acontecer em nossa vida, existem várias realidades nos esperando, mas só uma acontecerá de fato e isso vai ocorrer aleatoreamente.
     Para aumentar a perturbação do espectador, durante quase todo o filme a trilha-sonora é um som techno que junto com a desorientação de Lola e a fotografia inquieta de Tom Tykwer, retrata a agitação e a correria (muita correria) da vida moderna. Assita o mais rápido que puder pois é uma obra de gênio.


     
Conceito: Excelente