terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Moulin Rouge

     
Nome original: Moulin Rouge
Direção: Baz Luhrmann
Elenco: Nicole Kidman, Ewan McGregor, John Leguizamo, Jim Broadbent
Gênero: Musical
Ano: 2001


     Filme é sobre Christian, um escritor pobre que se apaixona pela mais cobiçada cortesã de Paris, Satine. Christian participa da produção de uma peça cuja protagonista é sua amada e o patrocinador é seu outro pretendente, o duque de Monroth. Assim começa a velha história de um pobre e um rico lutando pelo amor de uma linda jovem, tendo como cenário o bordel e futuro teatro Moulin Rouge.
     A palavra "love" nunca foi mencionada tantas vezes em um único filme. Baz Luhrmann traz às telas uma história que é chamativa e intessante mas foi construída com infantilidade, previsibilidade e com romance em demasia. Visualizamos uma história que, com os cenários espetaculares e a produção de primeira, teria tudo para dar certo mas não deu. Até que Nicole Kidman e Ewan McGregor conseguem emocionar em alguns cenas, como na tão esperada estréia da peça que estavam ensaiando durante todo o filme, mas a trama não passa de ser bonitinha. Em relação ao repertório das músicas, que conta com famosas como "Smells like teen spirit", "Like a Virgin", "How wonderufl life is", "Lady Marmelade", voltamos ao mesmo problema: excesso de romance. Quase todas as músicas estão nas cenas de Satine e Christian, o que faz com que cansemos de ver o casal declarando seu amor. Só para remarcar, as melhores canções presentes não são as românticas. Fizeram uma miscelânea de várias músicas conhecidas que teria funcionado se tivessem sido mais bem escolhidas.
     Enfim, "Moulin Rouge" é, como dito, um filme bonitinho e fica por aí mesmo. E como ganhou 2 Oscar, de Melhor Direção de Arte e Melhor figurino, perbecemos que houve justiça na premiação, pois essas são algumas das poucas coisas que realmente deslumbram no musical.



     

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O Grande Ditador

     
Nome original: The Great Dictator
Direção: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Jack Oakie, Paulette Goddard, Henry Daniell
Gênero: Comédia
Ano: 1940


     Nessa sátira imperdível, Charles Chaplin interpreta dois personagens: um barbeiro judeu e o grande ditador Adenoid Hynkel (pra não dizer que era o nazista Adolf Hitler). As duas histórias vão se alternando durante a trama e prometem não só momentos de altas risadas, mas críticas ácidas contra a guerra. Você vai ver um Hitler, ou melhor, um Hynkel, de um jeito que todos sempre quiseram e que nunca foi mostrado: inseguro, infantil e hilário. Chaplin brinca com um dos maiores tiranos da história buscando elementos bizarros, sem-sentido e controversos de sua própria ideologia e atitudes para usar contra seus criadores ("Um mundo de loiros com olhos azuis governado por um ditador moreno!", exclama ele). A personalidade do líder nazista e seus aliados é ridicularizada de um modo genial e para finalizar, vemos um Charles Chaplin na tela proclamando palavras anti-guerra tão poderosas como nunca vistas, capazes de emocionar e inspirar qualquer espectador. Comédia de primeira-classe!

sábado, 27 de dezembro de 2008

O Bebê de Rosemary

     
Nome original: Rosemary's baby
Direção: Roman Polanski
Elenco: Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon, Sidney Blackmer
Gênero: Suspense/Terror
Ano: 1968


     Uma jovem recém-casada muda-se para um apartamento e faz amizade com um casal de idosos que moram ao lado. Mais tarde, começa a desconfiar que eles são bruxos e que até seu marido está envolvido em um pacto para machucar seu bebê.
     Roman Polanski ("O Pianista") é um dos diretores mais respeitados no mundo e pode-se perceber o porquê nesse perturbador terror psicológico. Não há nessa trama sangue, fantasmas ou coisas do tipo, sendo o suspense bem sutil durante toda a história. Sentimos com a personagem a desorientação causada pelos misteriosos acontecimentos envolvendo sua gravidez em seu apartamento. É um suspense pé-no-chão, pois teve cuidado em não tornar o roteiro apelativamente assustador e nem fez questão de exibir demasiadamente o conteúdo sobrenatural, que é o que estamos acostumados a ver em suspenses atuais. Talvez o que tenha desapontado muita gente seja o final, que não foi como esperávamos. Mas isso é bom, porque não terminou com a mesmice de sempre.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas

     
Nome original:The Dark Knight
Direção: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Michael Caine, Gary Oldman, Maggie Gyllenhall
Gênero: Ação/Aventura
Ano: 2008


     Filme mais esperado de 2008 é bom e cansativo ao mesmo tempo.Ao contrário do anterior "Batman begins", esse novo filme vai se tornando cansativo a cada minuto pelo excesso de densidade no roteiro.
     Batman agora tem aliados, como o promotor-herói Harvey Dent e o tenente Gordon para ajudá-lo no combate contra o crime organizado da cidade de Gotham, mas que também conta agora com o apoio do psicopata maquiado Coringa.
     Após o seqüestro de Harvey e Rachel, começamos a escutar aquela típica música de suspense presente no clímax de quase todo filme e que se estande até o final, que só chega depois de muito tempo. A cada momento achamos que o filme vai terminar, mas a pretensão dos roteiristas não permite e a ação e o suspense continuam, o que faz com que o espectador chegue exausto ao seu término. Após essa minha impressão com a qual ninguém vai concordar, devo admitir que o Coringa foi um dos personagens mais bem feitos do cinema e é ele quem atrai toda a atenção na trama. A impressionante atuação de Heath Ledger dispensa comentários, mas esse não foi o único ponto a favor: não a história em geral, mas a mensagem que o filme passa e as falas usadas para tal também são respeitáveis, e a produção nem se fala. Mas para finalizar, mesmo com toda a equipe de celebridades presente, não é excelente por completo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O Nevoeiro

     
Nome original: The Mist
Direção: Frank Darabont
Elenco: Thomas Jane, Marcia Gay Harden, Laurie Holden
Gênero: Terror
Ano: 2007


     Um dos melhores filmes baseados em obras do mestre do suspense Stephen King.
     Assim como Almodóvar tem suas características de filmar bem visíveis, King também tem seu estilo original de escrever. Suas ficções excêntricas, sarcásticas, brutais e cheias de fantasia tornam-no um dos mais célebres escritores americanos.
     "O nevoeiro" traz a história de um grupo de pessoas que fica preso dentro de um supermercado depois que uma névoa cobre toda a cidade, e onde estranhíssimas e asquerosas criaturas estão habitando. Não há freios para a imaginação de King. Nem freios, nem falta de ousadia. O filme, além de trazer alguns litros de sangue, gritos, pânico, pulos do sofá, também aborda temas que podemos chamar de... filosóficos. Fanatismo religioso, a insanidade humana e o que o medo causa nas pessoas também estão presentes nesse espantoso filme de modo muito interessante. Mestre King parece um escritor realista no que diz respeito à sua falta de crença no ser humano. Até agora disse somente sobre o enrendo do romance, mas em questão de adaptações de livros de Stephen, como a história é o mais importante, entenda que também estou elogiando o longa-metragem.
      Na obra cinematográfica, com certeza poderiam ter escolhido um ator melhor do que David Drayton para o papel principal, mas não poderiam tê-lo feito com a fanática religiosa Carmody, interpretada com talento por Marcia Gay Harden. Os efeitos especiais não são nem de perto como os de Steven Spielberg (na verdade, ficam bem longe disso), mas isso é o de menos. Ao contrário do que esperava, é um bom filme e seu desfecho é um dos mais cruéis que já assisti, como o conto bíblico de Abrãao e o sacrifício, porém com outro final. Isso que dá não escutar a maluca da Carmody...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

V de Vingança

     
Nome original: V for Vendetta
Direção: James McTeigue
Elenco: Natalie Portman, Hugo Weaving,Stephen Rea, John Hurt
Gênero: Ficção
Ano: 2006


     Em um futuro incerto, em uma Inglaterra totalitária, surge um opositor mascarado (codinome "V") que planeja uma revolução contra o sistema com a ajuda da jovem Evey. É um filme de ficção política inteligente e extremamente marcante.
     As semelhanças do governo do chanceler inglês Sutler com o nazismo de Adolf Hitler são incontestáveis. Isso foi um dos motivos que tornou o filme tão emocionante. O roteiro do filme é brilhante e inteligente e junto com os diálogos proporciona uma sensação inédita ao espectador de criar um governo monstruoso nesta nossa sociedade tão marcada pela democracia. Até essa obra de James McTeigue, esse tipo de tema em filmes se restringia no máximo em reconstruções do III Reich. As ideologias monstruosas tendo como cenário a Inglaterra fazem de "V de Vingança" uma trama magnífica. Para quem gosta de cenas de ação, vale ressaltar que em meio aos conflitos políticos e apelos sentimentais, há também cenas de luta que merecem respeito. Não só o personagem revolucionário "V", mas todo o roteiro, tornam a obra obrigatória para todos. A parte na qual Evey é "presa" e aquela cena em que os cidadãos americanos saem às ruas fantasiados merecem aplausos. Todo o filme transpira inspiração para a luta, otimismo e coragem. Precisamos dos três em relação à nossa sociedade pois, principalmente nós brasileiros, estamos acostumados à submissão. O filme talvez tenha pecado em alguns pontos onde injetou ficção desnecessária e que só afastaram a história da realidade, tal como o vírus mortal, mas isso não conseguiu estragá-la.

Taxi Driver

     
Nome original: Taxi Driver
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Robert De Niro, Jodie Foster, Harvey Keitel
Gênero: Drama
Ano:1976


     Filme de Martin Scorsese que recebeu 4 indicações ao Oscar apresenta personagem perturbado e roteiro interessante.
     Travis é um motorista de táxi vetereno da Guerra do Vietã que sofre por causa da solidão na grande Nova York. Em meio a sua depressão, decide fazer justiça com as próprias mãos contra as "escórias da humanidade", como ele mesmo diz.
     O personagem de Robert De Niro é construído tão bem e é tão real que chegamos a sentir sua desorientação. Parte disso se deve com certeza ao trabalho do ator, mas também ao roteiro Paul Schrader que é recheado de diálogos e passagens do diário de Travis (narradas pelo próprio, a propósito, uma ótima técnica como feito "Amnésia") que nos faz conhecê-lo mais profundamente. A trilha-sonora fica em destaque com o som do saxofone em várias cenas onde o motorista dirige seu táxi pelo cenário noturno e sujo da metrópole. Uma cena que me recordo e que merece destaque também é a de De Niro, patético, em frente ao espelho treinando sua pose com as armas. Outra é a que mostra Travis e Iris (Jodie Foster) conversando na lanchonete. Já nessa época a garota já mostrava talento, mesmo sendo uma das poucas partes em que aparece por mais tempo. Resumindo, é um filme que merece ser apreciado.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Por que não energia eólica?

 
 

     Em meio a tantas notícias de desgraça nesse ano de 2008, uma positiva me chamou a atenção: o Reino Unido vai investir em energia eólica e prometem que em 20 anos toda a população será abastecida com a energia provinda do vento.
     Cada cata-vento daquele tem capacidade para abastecer 1.300 casas e existem atualmente em solo e mar britânico 2.100 turbinas que abastecem 2 milhões de famílias. O novo projeto quer triplicar o número dos imensos cata-ventos e aumentar sua potência, assim todas será atendida por eles. Com tanto otimismo, o que freia o desenvolvimento desse mecanismo em mais países é o alto custo: na Grã-Bretanha, cada turbina custa em média R$8 milhões.

Outras desvantagens?

     Por incrível que pareça, podem existir mais lados negativos além do preço. Um que é fácil de perceber é o ruído gerado pelas turbinas e o impacto visual nos grandes campos. Entretanto, acredito que não sejam problemas relevantes, tendo em vista que tais campos devem ser construídos afastados da população. Os impactos ambientais mais graves (ou melhor, em minha opinião, menos simples de se resolver) se remetem ao clima. Alguns estudiosos, a partir de simulações, afirmam que as rotações das hélices misturariam o ar frio e úmido com o mais quente da parte mais alta da atmosfera. Isso provocaria uma elevação da temperatura mas também poderia ser resolvido facilmente com a alteração na estrutura dos cata-ventos.

     Comparando as vantagens trazidas pela energia eólica, tais como a não dependência dos potenciais hídricos e a diminuição dos impactos no meio-ambiente, com suas desvantagens, parece-me uma boa alternativa a adoção de tal meio de obtenção de energia. Mesmo no Brasil, onde possuímos uma grande quantidade de água, os campos eólicos poderiam ser utilizados no Nordeste ou mesmo substituindo as usinas hidrelétricas que causam mais danos à natureza. Uma usina que está sendo construída no Rio Madeira vai gerar em um ano o suficiente para abastecer o Brasil todo por um mês. Seu custo? R$ 20 milhões. Para construir um campo eólico com a mesma capacidade seria necessário aproximadamente R$ 30 milhões. Isso nos faz perguntar se a diferença de custo é tão alta como nos dizem. Além do mais, empresários britânicos dizem que o dinheiro investido pode ser recuperado em seis anos. Acho que já está na hora de mudarmos nossa forma de domínio sobre a natureza por meios menos nocivos, e esta é uma boa opção, apesar da alteração do clima, barulho, estética, custo ...

sábado, 20 de dezembro de 2008

Apocalypse Now

     
Nome original: Apocalypse now
Direção: Francis Ford Coppola
Elenco: Marlon Brando, Martin Sheen, Frederic Forrest, Robert Duvall, Laurence Fishburne
Gênero: Guerra
Ano: 1979


     O diretor de "O Poderoso Chefão" conseguiu fazer um filme com boa fotografia e produção, mas bem entediante.
     Em minha opinião, filmes de guerra já são chatos por natureza, a não ser quando têm contéudo histórico. Digo "chato" me referindo ao roteiro, porque em termos técnicos, temos que tirar o chapéu para a maioria.
     Em "Apocalypse now", Martin Sheen é o capitão Willard que recebe como missão, na Guerra do Vietnã, encontrar e matar um coronel americano que enlouqueceu e faz suas próprias leis junto com seu grupo.
     Não sei se foi porque assisti a versão com 40 minutos extras, mas o trajeto em busca do tal coronel maluco durou uma eternidade. A única coisa que melhorava o humor era as boas imagens que Coppola conseguiu, como os helicópteros no ar e os bombardeios. A parte final, quando finalmente conhecemos o psicopata (Marlon Brando), também tem suas qualidades, como os diálogos interessantes que nos fazem pensar pela milésima vez sobre os horrores da guerra. Não é um filme excelente, mas talvez quem realmente gosta de filmes de guerra encontre o motivo de tanto sucesso dessa obra.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ata-me!

     
Nome original: Atame!
Direção: Pedro Almodóvar
Elenco: Antonio Banderas, Victoria Abril, Loles León
Gênero: ---
Ano: 1989


     Típico filme de Almodóvar. Este é o gênero e isso já diz tudo.
     Assim que Ricky recebe alta de um hospital psiquiátrico, vai atrás de sua amada Marina, com quem passara uma noite no passado. Para conquistá-la, decide raptá-la para que ela "possa o conhecer melhor", parafraseando o próprio. Assim como está na capa, é uma história de amor à força.
     "Ata-me!" é mais um filme desse diretor espanhol que possui estilo próprio e hilário e que por isso não agrada a todos. Eu particularmente admiro seu trabalho, pois personalidade é um ponto forte na sétima arte. Cores fortes, personagens esquisitos, enredo e cenas atrevidas, pornografia explícita e o humor sarcástico marcam essa obra. A simplicidade torna o filme divertido de se ver, e você acaba curtindo toda aquela maluquice que vem à tela como se fosse tudo normal. Mas quando for assisti-lo , vá sabendo que é um estilo bem distinto de qualquer outro (aplica-se a qualquer um do diretor) e se lhe agradar, você está pronto para conhecer todos os outros dirigidos pelo mesmo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um estranho no ninho

     
Nome original:One flew over the cuckoo's nest
Direção: Milos Forman
Elenco: Jack Nicholson, Louise Fletcher, William Redfield, Danny DeVito
Gênero: Drama
Ano:1975


     Outro filme muito comentado é esse, mas depois de tanta ladainha, nem impressiona tanto.
     Randle Patrick McMurphy é um presidiário que, para fugir do trabalho, se finge de louco e é enviado a uma clínica para tratamento mental. Uma vez lá, instiga os outros internos a se rebelarem contra as regras do instituto e causa problemas à enfermeira cara-de-gato Ratched, chefe da ala. O roteiro é simples, mas deixa o espectador curioso. Aí entra o grande trunfo dessa obra: a maneira como a história é contada. O elenco é simplesmente tão perfeito que somos obrigados a crer que aqueles não são atores, mas realmente malucos dentro de um manicômio comandado por uma enfermeira assustadora (com excelente atuação de Louise Fletcher). O trabalho de todos é louvável, desde Jack Nicholson com seu personagem insano (será?) McMurphy até os demais malucos. É isso: um filme com situações simples, porém tão bem encenadas, que você não quer que acabe tão cedo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Anjos do Sol

     
Nome original: Anjos do Sol
Direção: Rudi Lagemann
Elenco: Fernanda Carvalho, Antônio Calloni , Bianca Comparato
Gênero: Drama
Ano: 2006


      Primeiro longra-metragem de Rudi Lagemann aborda a exploração sexual que, segundo estatísticas, mais de 100 mil adolescentes brasileiros sofrem.
     Maria é uma garota de 12 anos que é retirada da casa dos pais com o propósito de ir trabalhar. Então é enviada à Amazônia para trabalhar em um prostíbulo dirigido por Saraiva. Aqui o inferno começa.
     O tema tratado no filme nunca foi explorado por nenhum filme nacional e este obteve êxito se o objetivo era mostrar a realidade dos fatos chocando o espectador. Para um diretor inexperiente, foi um projeto ousado mas ele se saiu bem. A fotografia e as locações são legais e o elenco surpreende mesmo, não só Antônio Calloni, mas os novatos também. Os diálogos são obscenos (normal pra personagens tão sórdidos) e as cenas chocam, principalmente aquela da morte de Inês. O filme nos faz visualizar aquilo que estamos acostumados a ver só em estatísticas. Crianças e jovens colocados no mundo podre da exploração, de onde dificilmente conseguem sair, assim como Maria. Há muito tempo não me choquei tanto.


Conceito: Muito Bom

Cantando na Chuva

     
Nome original: Singing in the Rain
Direção: Gene Kelly e Stanley Donen
Elenco: Gene Kelly, Donald O'Connor, Debbie Reynolds, Jean Hagen
Gênero: Musical
Ano: 1952



     Esse que é o clássico dos clássicos de Hollywood é recomendável a todos, até os que não apreciam tanto o gênero.
     Don Lockwood é uma estrela do cinema junto com sua colega Lina Lamont. Suas carreiras no cinema mudo estão sólidas até que este começa a ser passado pra trás com a chegada do áudio na sétima arte. Assim, iniciam o projeto de seu primeiro musical com a ajuda de sua amada Kathy Selden. Quase toda a trama se passa num estúdio.
     Com humor e descontração, a história e os números musicais são encenados de uma maneira leve e com um visual fantástico. A produção do filme todo chega a assustar de tão bem feita para a época. A maioria das cenas de dança é composta por Gene Kelly e seu sapateado e dentre todas, destaca-se aquela em que dança "Good morning" com Kathy e seu amigo Cosmo. Mas, em geral, todos os números são agradáveis. Sem falar da cena mais famosa da história: Gene e seu guarda-chuva sobre a noite chuvosa cantando "Singing in the Rain". O clássico é animado, romântico, engraçado e merece ser revisto várias vezes.

Os deuses devem estar loucos

     
Nome original: The gods must be crazy
Direção: Jamie Uys
Elenco:Marius Weyers, Sandra Prinsloo,N!xau
Gênero: Comédia
Ano: 1980


      Comédia filmada no deserto do Kakahari, África do Sul, consegue provocar boas gargalhadas.
      O roteiro por si só já é inusitado: numa tribo de índios africanos, uma garrafa de Coca-Cola é encontrada e passa a ser tratada como um presente dos deuses. Contudo, com a chegada desse presente, cria-se um clima de intrigas na tribo que então escolhe Xi para jogá-la fora no fim do mundo. A partir daí, outros personagens e histórias se conectam.
      Além de comédia, o filme traz uma crítica sobre nosso modo de vida moderno. Na tribo, eles não têm noção de individualidade, competição ou qualquer outra coisa que é tão prezada em nossa cultura. Com a chegada da garrafa, conflitos se criam por causa da vontade de posse do tão precioso objeto. O modo como é mostrada a visão de Xi em relação à nossa sociedade é muito interessante. Nos faz refletir quão complexo é o mundo em que vivemos. No meio de toda essa reflexão e crítica, há também muitas cenas cômicas e que prometem boa diversão.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Arquitetura da Destruição

     
Nome original:Architektur des Untergangs
Direção: Peter Cohen
Gênero: Documentário
Ano: 1992


      Documentário mostra o Nacional-Socialismo de Hitler com uma visão diferente.
     Além da tradicional visão de guerra e crueldade, filme de Peter Cohen busca a essência da ideologia nazista que segundo o documentário, não foi um movimento político, mas sim cultural, artístico e social. A valorização da arte e estética de Hitler não foi somente uma ramificação do pensamento nazista, mas seu esqueleto. Com esse foco, o documentário traz com detalhes e numa linguagem simples as ações do governo do Reich para construir um império mais belo e harmônico, cultuando a beleza e sua raça acima de tudo. Por "ações" entende-se o genocídio de judeus e deficientes, destruição de cidades inteiras, construções de novas e também a adoração à arte da Antigüidade Clássica. Chega a ser cômico os argumentos usados para rebaixar a cultura judaica, tais como usar seu estilo de pintura como prova da presença de doenças mentais de seus artistas. Tais absurdos são expostos em todo o documentário.
     Com materiais históricos que envolvem desde os acervos de pinturas do Füher até filmes bizarros de propaganda nazista, Peter Cohen remonta brilhantemente em 121 minutos a personalidade e a história de Adolf Hitler e Alemanha e sua luta na construção de um novo mundo.

domingo, 14 de dezembro de 2008

MINISSÉRIE - Capitu

     
Direção: Luiz Fernando Carvalho
Elenco: Letícia Persiles, César Cardadeiro, Pierre Baitelli, Maria Fernanda Cândido, Michel Melamed
Ano: 2008

     Minissérie global é adaptação da obra do maior escritor brasileiro às telas.
     No ano de centenário da morte de Machado de Assis, Luiz Fernando Carvalho materializa a trama "Dom Casmurro", que povoa a mente de leitores por todo o mundo, com um elenco e produção extremamente respeitáveis. Colocar em palavras o visual deslumbrante que vimos na tela é difícil. Para começar, vale ressaltar o figurino de época de todos os personagens que nos faz acreditar que realmente saíram de dentro do livro. O cenário é tão espetacular que parece saído de algum musical americano. Dispensa mais comentários. Outro ponto extremamente interessante que ainda serviu para poupar o trabalho dos contra-regras foi o uso de cenários modernos como o metrô ou uma rua carioca com muros pichados, criando um contraste entre o passado e o contemporâneo.
     Em relação ao elenco, podemos dizer que foram muito bem escolhidos, principalmente em relação à Letícia Persiles(Capitu jovem),Michel Melamed (Bentinho adulto) e Antônio Karnewale(José Dias). Em relação a César Cardadeiro, que interpreta o protagonista adolescente, não acho que o ator tenha demonstrado tanta maturidade para interpretar o papel. Outro ponto que vale ressaltar é que apesar de Maria Fernanda Cândido ser uma ótima atriz e lembrar sim a dissimulada Capitu, não conseguiu manter a personalidade e encanto da personagem no mesmo nível em que a bem menos experiente Letícia o fez. Aliás, a semelhança da atriz com a cigana oblíqua imaginária é incrível. Encontramos também o narrador da história, Bentinho, sendo interpretado pelo talentoso Michel Melamed. Entretanto, sua atuação às vezes chega a ser tão carregada que temos dificuldade de entender o que fala. Mesmo assim, com um personagem construído com uma patetice excessiva na velhice, conseguiu mostrar que é competente. Entre belas ou carregadas atuações, a que mais se destaca é a de Karnewale, o agregado José Dias.
     A trilha sonora não deixa de impressionar: rock, músicas clássicas e a música "Elephant gun" formam a principal sinfonia que ouvimos durante a macrossérie. Caiu muito bem.
     Entre tantos elogios também encontram-se lados negativos. Talvez em algumas partes sobra ...pretensão. A tentativa de criar um deslumbramento em certas cenas por meio de trilhas sonoras fortes, atuações bizarras ou outros truques faz a trama perder a simplicidade e o telespectador encontrar o tédio. A rapidez de acontecimentos, diálogos corridos e excesso de imagens em alguns momentos dificulta o entendimento do público que não leu o livro. Ora, mas depois de tanta coisa dita (escrita?), tenho o dever de dizer que toda a equipe trouxe à televisão uma das mais lindas minisséries adaptadas.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O fabuloso destino de Amélie Poulain

     
Nome original: Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Elenco: Audrey Tautou, Mathieu Kassovitz
Gênero: Comédia-Romântica/Romance
Ano: 2001


     Filme francês é leve, simples e bonito.
     A jovem Amélie Poulain, após encontrar uma caixa escondida em seu banheiro por 40 anos e devolvê-la ao dono, decide se intrometer e tranformar a vida de seus conhecidos, quando acaba se apaixonando por Nino, um rapaz tão diferente quanto ela. Uma lição de como podemos mudar o rumo da vida do próximo com pequenos atos. A introspecção e a excentricidade de Amélie Poulain é o que torna o filme tão original e assim como ela, todo o filme é diferente (personagens e imagens, principalmente). Durante algumas cenas, a câmera parece flutuar ao som da magnífica trilha sonora francesa. A personalidade da jovem é muito bem contruída e os diálogos e a históra são cativantes e agradáveis de se ver. "Amélie Poulain" simplesmente não possui defeito comentável. Não é só um filme bonitinho, como muitos dizem, é realmente uma obra-prima do cinema.

domingo, 30 de novembro de 2008

Terra de Ninguém

     
Nome original: No man's land
Direção: Danis Tanovic
Elenco: Branko Djuric, René Bitorajac, Filip Sovagovic
Gênero: Drama
Ano: 2002


     Pode até ter ganhado o primeiro Oscar para a Bósnia, mas não surpreende nada.
     O filme se passa durante a Guerra da Bósnia, em 1993, e tem como cenário um trincheira onde se encontram um sérvio e dois bósnios (um incapaz de se mover pois está deitado sobre uma mina). Danis Tanovic reproduz sua visão da guerra, com seus vários personagens, como os combatentes, a ONU e a imprensa. Por esse lado, podemos até perceber uma originalidade, mas mesmo assim, o filme não consegue impressionar. As críticas feitas por ele em relação ao conflito são extremamente sutis, o que não me atingiu muito. Pode até ser agradável de se assitir, mas é aquele tipo de filme que após alguns minutos você nem se lembra.

sábado, 29 de novembro de 2008

Meu nome não é Johnny

     
Nome original: Meu Nome não é Johnny
Direção: Mauro Lima
Elenco: Selton Mello, Cleo Pires, Júlia Lemmertz
Gênero: Drama
Ano: 2008



     Filme tem início chato mas supera expectativas no decorrer da trama.
     A história, verídica,é sobre João Guilherme Estrella, preso em 1995 por tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Sua vida no mundo das drogas começa logo na adolescência, como usuário de susbtâncias ilegais. A partir daí, se envolve com o tráfico de cocaína e acaba passando de "peixe pequeno" para um dos grandes do ramo. O incrível é que ele não participava de nenhuma quadrilha, não era rico (pois gastava todo o dinheiro após ganhá-lo) e ainda era dependente químico de sua própria mercadoria. Era alguma coisa entre um viciado e um grande empresário do mercado negro.
     A trama mostra desde sua infância até sua prisão. A parte inicial do longa tentou nos ajudar a conhecer o personagem melhor, mostrando sua vida familiar durante a juventudade, mas foi falha. Cenas curtas e sem importância dão ao espectador uma má primeira impressão. Contudo, após conhecer Sofia (a linda Cleo Pires), o enredo se torna mais agradável de se presenciar. Com certeza a responsável por isso foi o forte carisma e perfeita atuação de Cleo e Selton. Aliás, as melhores cenas são as que os dois estão juntos. Realmente me surpreenderam. Mesmo os personagens secundários, como a juíza, interpretada por Cássia Kiss, mostram que o diretor teve cuidado em escolher o elenco.
     Em contraste com a perturbada vida de João, o roteiro traz sarcasmo e humor, como em um filme de Quentin Tarantino. Os diversos cenários por qual o personagem passa, de passeios de barco na Europa até a detenção num presídio e num hospital totalmente chocantes, traz mais emoção à tela.
     Entre montes de pó branco e palavrões, o cinema nacional ganha mais um filme competente.

sábado, 8 de novembro de 2008

Chicago

     
Nome original: Chicago
Direção: Rob Marshall
Elenco: Renée Zellweger, Catherine Zeta-Jones, Richard Gere
Gênero: Musical
Ano:2002




     Poucos filmes podem ser considerados completos para seu gênero. "Chicago" é um desses. Não falta nada. Não sobra nada.
     Em plenos tempos do jazz e bebida em Chicago, Roxie Hart assassina seu amante e com isso vê seu sonho de se tornar uma estrela ir por água abaixo. Somente após ser presa é que percebe que em Chicago, o "crime também é uma arte" (como ela mesma afirma). Com a ajuda de Billy Flynn, o melhor advogado (e marketeiro) da cidade, ela começa uma competição contra Velma Kelly pela fama, reconhecimento da sociedade e por sua liberdade, é claro.
     As duas principais encarnaram os papéis perfeitamente. As danças e as músicas não poderiam ser interpretadas melhor. Falando nisso, como musical, o que deve ser mais prezado são as músicas e em "Chicago", todas são excelentes e as coreografias são também de extremo bom gosto.
A simplicidade do cenário nos força ainda mais a apreciar o enredo e as músicas. Para um musical, o enredo é interessante e cria um ar de humor durante toda a trama.
          Para quem realmente gosta do gênero ou mesmo para quem quer só ver as belas pernas de Catherine Zeta-Jones, é uma obra imperdível.

Fim dos tempos

     
Nome original: The Happening
Direção: NightM. Night Shyamalan
Elenco: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo
Gênero: Suspense
Ano: 2008




      Na região nordeste dos EUA, uma toxina liberada no ar (mais tarde descobrimos que é pelas plantas) gera uma onda de suicídios entre a população. Lendo assim, até parece que a trama é excitante, mas infelizmente, M. Night Shyamalan conseguiu escrever um dos piores suspenses que já vi.
     Os filmes desse diretor ("A vila", "A Dama na Água", "O Sexto Sentido") mostram que ele possui coragem e ousadia para desafiar os críticos hollywoodianos. Em "A Dama na água" quando todos massacravam-no pelo mau-gosto, eu até gostei do filme. O mesmo não aconteceu com "Fim dos tempos". Percebe-se uma semelhança entre os dois: ambos têm personagens e enredo EXCÊNTRICOS. O problema é que nesse novo chega a ser ridículo.
     Não se sabe o que é pior: as atuações ou os próprios personagens. O principal é o professor colegial, Elliot, que, junto com sua mulher e sua "recém-adotada" filha, fica fugindo dos ventos que trazem a maldita toxina durante todo o filme. Mark Wahlberg deve ser parabenizado por interpretar Elliot com uma atuação tosca, como aquelas encontradas em "Todo Mundo em Pânico" (a diferença é que nesse, elas são engraçadas). Soma-se a isso piadinhas escrotas que só te fazem pensar: "Que estou fazendo aqui?".
     A intenção do diretor foi passar a visão de como somos nocivos à natureza e que ela agora, nos tem como seres tão prejudicias que chegam a desenvoler métodos para nos manter afastados. Assim como no filme, estamos nos matando cada vez que destruimos o meio-ambiente. O problema é como ele escolheu passar essa lição. Para mim, não passa de um suspense barato como "Guerra dos mundos", mas pelo menos este tem realmente suspense e bons efeitos especais. Além de ser péssimo em geral, a trilha sonora contribui para aumentar o nível de ridicularidade tentando criar um clima de terror onde não há.
     Por todo o filme ficamos esperando algo de extraordinário acontecer. Mas nunca chega. A única coisa que merece elogios é o cenário e o tipo de filmagem que proporciona cenas bonitas. Só.



     

domingo, 26 de outubro de 2008

O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford

     
Nome original: The Assassination of Jesse James by the coward Robert Ford
Direção: Andrew Dominik
Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck
Gênero: Faroeste/Suspense
Ano: 2007


     Jesse James foi um dos maiores bandidos da América e há quinze filmes a seu respeito. Em "O Assassinato de Jesse James...", Brad Pitt interpreta o famoso criminoso, e Casey Affleck (irmão do mais conhecido Ben Affleck), o comparsa e admirador número um de Jesse, Bob Ford. Desde criança, Bob era apaixonado pelos lendários feitos de Jesse James e acaba se juntando à quadrilha aos 20 anos. Dentro do grupo, acaba sendo o preferido de James, até que este começa a desconfiar do comparsa, e com razão. Durante todo o filme, Jesse tenta continuar sua vida de roubos e também lutar contra os traidores a sua volta, que estavam de olho na gorda recompensa oferecida.
     É assim que o enredo é construído, com um excitante supense psicológico graças à pertubadora situação entre Ford e James. Do meio da trama até o final, sentimos o clima tenso entre os dois, tendo em vista que ambos sabiam que estavam com a vida em jogo. Brad Pitt e Casey Affleck não podiam ter atuado melhor nesses papéis, um é misterioso e amedrontante, o outro é inexperiente e patético (bem, na maior parte do filme). Ambos merecem respeito devido a seu trabalho. O filme se passa no século 19, e o cenário é espetacular. A fotografia em certas partes surpreendeu, mas prefiro dizer que o grande sucesso é mesmo das locações e da direção de arte. Todo o enredo vai se desenrolando para o esperado final: o assassinato, cuja cena corresponde à mais pertubadora do longa.

sábado, 25 de outubro de 2008

Sob o efeito da água

     
Nome original: Little Fish
Direção: Rowan Woods
Elenco: Cate Blanchett, Sam Neil, Hugo Weaving, Martin Henderson
Gênero: Drama
Ano: 2005


      Todos nós, em alguma parte de nossa vida, sentimos falta do passado. Ou então, tentamos esquecê-lo. Em "Sob o efeito da água", Cate Blanchett interpreta o papel da australiana Tracy, uma ex-viciada em heroína que agora tem uma vida banal e digamos, fracassada. Apesar disso, a personagem tenta ainda tomar um rumo na sua vida quando o ex-namorado Jonny regressa do Canadá, onde esteve por quatro anos. Com isso, todo o passado de Tracy vem à tona novamente. Desde o início nos damos de cara com um mundo pesado e infeliz da personagem, que é acentuada pela fotografia e filmagem de baixa definição. Ela, sua mãe, seu irmão e o amigo da família, Lionel, estão conectados por um passado remoto (como podemos ver, várias vezes, na filmagem deles na praia) onde conheceram o que pode-se chamar de felicidade. O problema é o contraste entre o passado e o presente na vida de Tracy, onde Lionel está viciado em drogas e sua família deseqüilibrada. Com o retorno de Jonny, várias lembranças de seu passado ainda mais obscuro (mais drogas, acidente de carro...) voltam também. Esse é o cenário e roteiro do drama psicológico que é o tema principal do longa, onde nos deparamos com o arrependimento, a esperança, a dúvida, a solidão, o sofrimento e os erros que cada ser humano está sujeito. Outro detalhe que quase me esqueci foi que todos os personagens têm alguma ligação com drogas, sendo essa o grande assunto do filme. O filme é aberto para várias interpretações, e na minha, não foram as drogas que chamaram mais atenção.
     A obra é caracterizada pela fotografia e filmagem quase como um vídeo caseiro, o que faz com que apreciemos mais ainda as perfeitas atuações dos atores protagonistas, sem exceção. A trilha sonora faz o filme mais denso ainda, e a música "No change, no pace" monta duas emocionantes passagens durante a trama. Destaque para a última cena, na praia, onde o contraste entre o passado e o futuro é evidenciado. Resumindo, "Sob o efeito da água" é um filme que cumpre o que promete e é direcionado a pessoas que realmente apreciam a sétima arte.

domingo, 19 de outubro de 2008

Happy Feet

     
Nome original: Happy Feet
Direção: George Miller
Elenco:Elijah Wood(voz), Nicole Kidman(voz), Robin Williams(voz)
Gênero: Animação/Musical/Comédia
Ano: 2006



     De um modo geral, é uma das melhores animações que já vi. Nos primeiros minutos, você tem a impressão de que é um lixo, mas a partir do momento em que aparece a turma de pingüins descolados, você começa a curtir. Talvez o que canse é o fato de todos os personagens serem parecidos, sem aquela variação criativa que estamos acostumados nesse gênero. O que mais chama a atenção é a trilha sonora, tão presente que posso chamar o filme de musical. Várias músicas são interpretadas pelos pingüins com movimentos que chegam a ser cômicos pela semelhança com os cantores pop que já conhecemos. O roteiro vai ficando interessante com o decorrer da trama e em várias (se não todas) cenas encontramos pingüins. Cantando ou dançando. Sozinhos ou em conjunto.

10.000 a.c.

     
Nome original: 10.000 b.c.
Direção: Roland Emmerich
Elenco: Steven Strait,Camilla Belle
Gênero: Aventura
Ano: 2008



     Surge um longa para ficar ao lado de "Apocalypto" nas locadoras. Para quem gostou deste, é uma ótima sugestão. A trama é sobre a lenda de D'Leh, um caçador de mamutes que lidera um grupo para resgatar seus irmãos de tribo que foram capturados por outro povo que os escraviza. O enredo foi um pretexto para mostrar efeitos especiais excelentes, exceto na cena da caçada do mamute, onde dá pra ver que foi filmado num estúdio de paredes verdes. Tirando isso, conseguiram reproduzir competentemente os matutes, o famoso tigre dentes-de-sabre e umas galinhas gigantes que nem sei o nome. As cenas da contrução das pirâmides também foi fantástica. O filme é útil pra quem quer ver efeitos e cenários legais e também um pouquinho de suspense. Se quiser ver um enredo interessante, esqueça.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Alvin e os esquilos

     
Nome original: Alvin and the Chipmunks
Direção: Tim Hill
Elenco: Jason Lee
Gênero: Animação/Infantil/Comédia
Ano: 2008



     Após o rato cozinheiro (vide "Ratatouille")e o panda lutador (vide "Kung Fu Panda"), surge mais uma animação competente: "Alvin e os esquilos". O filme é com atores reais, somente os esquilinhos sendo animações e é uma boa diversão para quem quer descansar um pouco. Além de ter umas boas cenas e piadas, o filme também tem músicas boas cantadas pelos bichos. Em relação ao roteiro, nada digo porque não é uma grande surpresa (o que é natural e conveniente para o gênero).

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

LIVRO: A Menina que Roubava Livros

     
Nome original: Book Thief
Autor: Markus Zusak




     Mais uma vez encontro um livro onde a história de passa na Alemanha Nazista, mas por incrível que pareça: a menina não era judia. Me pergunto quantas obras não existiriam se não fosse a Segunda Guerra. A história, narrada o livro todo pela Morte, é sobre Liesel Meminger que logo no início é adotada por Hans e Rosa Huberman. Outro clichê esperado não ocorre: não, eles não a maltratam. O livro se passa em quatro anos da vida da garota na cidadezinha de Molching. Durante esse tempo, vivenciamos seu dia-a-dia na juventude Hitlerista, na escola, na rua com os amigos e também no porão da casa com um amigo judeu. No meio disso tudo entra o tema principal: como as palavras são poderosas e podem salvar vidas. E também destruí-las (como Hitler, que tanto sabia usá-las). O que mais chama a atenção é como o autor escreveu com tanta inteligência e originalidade. Jogos de palavras, sarcasmo, humor e diálogo da Morte (a narradora) com o leitor são fantásticos. Dessa experiência posso me lembras de um defeito (que ocasionará outro): algumas partes são descartáveis. As tentativas de injetar mais drama ou sensibilidade na história fizeram-na enfadonha em alguns capítulos e conseqüência disso foi o número excessivo de páginas. Resumindo: é um best-seller espetacular sobre morte, palavras, Hitler, judeus, cotidiano, infância, vida e seres-humanos.

Elizabeth: a Era de Ouro

     
Nome original: Elizabeth: The Golden Age
Direção: Shekhar Kapur
Elenco: Cate Blanchet, Clive Owen
Gênero: Drama/Histórico
Ano: 2008




     Esse não é mais um simples filme de época. "Elizabeth", assim como muitos filmes desse ano, possui uma direção de arte excelente, o que faz com que o filme se pareça com um espetáculo teatral. O tema principal é a vida da Rainha virgem, interpretada pela Cate Blanchet, dividida entre uma árdua tarefa: conciliar a vida de governante e sua vida pessoal-amorosa. O filme também é uma aula de história para quem quer aprender sobre a guerra entre católicos e protestantes e de como a idéias liberais religiosas da Rainha inglesa incomodou vários reinos. Cate Blanchet merece aplausos por sua interpretação. Aliás, toda a produção merece respeito: o figurino, o cenário, a fotografia, o enredo (apesar de simples, focado mais na vida pessoal da rainha). Tudo isso faz de "Elizabeth - A Era de Ouro" um espetáculo digno de ser revisto muitas vezes.

domingo, 5 de outubro de 2008

Os embalos de sábado à noite

     
Nome original: Saturday Night Fever
Direção: John Badham
Elenco:John Travolta, Karen Lynn
Gênero:Musical
Ano: 1977




     Apesar de "Os embalos..." não conter músicas cantadas pelo elenco, o considero como um musical pois possui essencialmente músicas dançadas por ele (ou seja, por John Travolta). O filme se passa na década de 70 quando as discotecas eram a principal diversão das noites. Gira em torno de Mony Manero, um típico garanhão que é conhecido por todos pelo belo talento na dança. A trilha sonora é exclusivamente da banda Bee Gees. Entre baladas e cenas de sexo , Mony conhece Stephanie por quem acaba se apaixonanando. Apesar desse romance, o filme é destinado a quem quer conhecer o repertório de Bee Gees e como eram a dança e as baladas de antigamente. A atuação de Karen Lynn é elogiável, e o filme talvez.

Awake - A vida por um fio

     
Nome original:Awake
Direção: Joby Harold
Elenco: Jessica Alba, Hayden Christensen
Gênero: Suspense
Ano: 2008




     Comparado a outros filmes do gênero, "Awake" traz um roteiro interessante. O riquinho Clay tem um caso com a empregada de sua mãe, Sam. Nos primeiros minutos de filme temos a sensação de estar assistindo um filme do tipo romance perfeito até que Clay se interna para fazer um transplante de coração. O problema é que o azarado, ao invés de adormecer com a anestesia durante o processo, fica consciente e percebe tudo à sua volta. Com isso, descobre inúmeras armações a seu redor. O filme promete grandes surpresas e merece ser elogiado principalmente por elas. Apesar de os atores terem concorrido ao prêmio Framboesa de Ouro, vale a pena ser assistido por aqueles que apreciam o gênero.

Desejo e reparação

     
Nome original: Atonement
Direção: Joe Wright
Elenco: Keira Knightley, James McAvoy, Romola Garai
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2007



     Simplesmente incrível. Sem dúvida, "Desejo e Reparação" é uma nova obra-prima do cinema. A história se passa em um fantástico castelo inglês onde mora Cecilia Tallis com sua família. Apesar de ser uma história de romance, envolvendo Cecilia e seu empregado , Robbie, a personagem mais intrigante é seu irmã mais nova: Briony. No início do filme, um vai e volta no tempo torna o que já era um exemplo de fotografia bem feito mais criativo ainda. Todas as cenas parecem ter saído de um álbum fotográfico de alguma revista devido ao cenário espetacular. Uma reviravolta (causada por Briony) faz com que o jovem casal que nem havia começado uma relação direito se separe e Robbie vá para a guerra. Com uma excelente trilha sonora, um enredo e um final original, o longa mereceu todos os prêmios concorridos no Oscar 2008. A única parte que chegou perto de ser monótona foi a parte onde aparece Robbie na guerra, mas podemos perdoar por causa dos efeitos especiais bem feitos na construção do ambiente.

domingo, 3 de agosto de 2008

Dezoito ou dezesseis?

     

     O aumento da maioridade penal no nosso país sempre foi motivo de polêmica. Se perguntássemos às pessoas o que acham sobre o tema, a maioria com certeza defenderia a redução da idade mínima para jovens serem julgados por seus crimes de dezoito para dezesseis anos. Mas a situação não é tão simples quanto aparenta.
     Embora o fato de um presídio lotado de jovens delinqüentes passe a impressão de grande abrangência de punição para estes, também pode acarretar na agravação de um problema já existente: superlotação. O sistema carcerário brasileiro não suportaria receber mais detentos e oferecer-lhes um mínimo tratamento que pudesse afastá-los do mundo do crime. Se quisermos que as cadeias recebam os jovens de 16 e 17 anos, devemos nos preocupar também com uma forma de diminuir a reincidência de crimes por meio de um tratamento adequado dentro dos centros.
     Além de melhorias no sistema carcerário, deveríamos nos preocupar mais com os fatores que influenciam na criminalidade adolescente e não no castigo para quem cometeu tais atos. Se um jovem comete algum crime, quase sempre é porque vem de um ambiente desestruturado e carente de assistência por parte, principalmente, do governo. Uma melhoria neste ambiente onde os futuros adultos vivem acarretaria numa significativa queda no índice de criminalidade daqui a alguns anos.
     A sociedade brasileira não está preparada para essa tentativa de diminuição da violência até que tenhamos estrutura social, econômica e governamental que seja competente o bastante para suportar suas conseqüências. Até lá, o melhor que podemos fazer é nos focar na raiz do problema e não somente no meio de podá-lo.

sábado, 2 de agosto de 2008

Talvez você também sofra disso!

 

     Hoje fiz uma descoberta espetacular: tenho outro problema nos olhos além dos vários graus de "quase cegueira". Melhor dizendo: sempre soube que tinha algum problema, mas somente hoje descobri seu nome. A bizarrice se chama (ou chamam-se) Moscas Volantes e ao contrário do que pensava, ataca várias pessoas. Talvez até você.
     Imagine-se olhando para uma parede branca e vendo, no seu campo de visão, várias manchas negras,pequenas e flutuantes que se movem para onde quer que você olhar. Essas são as tais Moscas.
     São causadas por vários motivos envolvendo o humor vítreo (líquido contido no interior do olho) e não têm tratamento aconselhável embora existam dois. O primeiro é feito com um laser, com custo altíssimo e sem eficácia assegurada. O segundo é com uma cirurgia complicada e extremamente não recomendada. Para quem sofre dessas inconvenientes manchas que atrapalham principalmente na hora da leitura, o jeito é ter esperança de que elas se tornem mais transparentes com o tempo.

domingo, 27 de julho de 2008

Camisinha nas escolas

     

     O governo surpreendeu a todos com uma nova maneira de incentivo à prevenção contra a gravidez entre os jovens e a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis: colocar máquinas de camisinhas em algumas escolas. Essa atitude gerou polêmica, pois pode ser interpretada de duas maneiras: como um incentivo ao jovens a praticarem a relação sexual ou como um passo positivo para a diminuição dos índices de casos citados acima. Em outras palavras, a opinião pública se divide quanto à sociedade se preocupar em sair de uma situação já existente ou tomar uma medida para vivermos melhor nela.
     A banalização do sexo é uma consequência da modernização da vida humana e de seus pensamentos. Tentar conscientizar as pessoas a terem responsabilidade e seriedade para tal ato é possível somente com um governo organizado e competente. Entre colocar ou não tais máquinas nas escolas, a melhor saída é o sim. Entre colocar as máquinas nas escolas ou projetar uma campanha séria e com capacidade de mudar os valores éticos da nossa sociedade atual, a melhor saída é a segunda alternativa.
     Na atual situação brasileira, um projeto sério está fora de cogitação, pois sabemos que temos outros problemas ainda mais graves que precisam (e não conseguem) de uma solução. Enquanto não podemos desfrutar de tal atitude, não podemos simplesmente fingir que preservativos estão sendo distribuídos e usados por todas as camadas sociais. Tentar melhorar a qualidade de vida em uma situação já existente é o melhor enquanto não temos condições de mudar essa situação.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Divina Proporção

 

     Só agora tive ânimo para ler "O Código Da Vinci" mas me surpreendi ao perceber que não era somente um livro de ação (como o filme) mas também um livro cheio de curiosidades históricas. Uma delas foi a menção do número Phi (lê-se "fi") que até agora me era estranho.
 
     Como o Pi que conhecemos, o número Phi (ou Número da Proporção Divina) tem um valor constante que é 1,618 e tem ligação com a ordem de crescimento na natureza.
     Esse valor pode ser encontrado na famosa série de Fibonacci que não é nada mais do que uma seqüência infinita de números onde cada Essa razão tem ligação com o crescimento ou algarismo é formado pela soma dos dois anteriores a ele (1,1,2,3,5,8...). Se dividirmos dois números adjacentes nessa seqüência, vamos encontrar valores que vão se aproximando gradativamente de 1,618. Na natureza, encontra-se a presença dessa proporção em vários seres tais como o náutilo e o girassol. Com isso, vários artistas passaram a usar essa nova proporção em busca da beleza em suas obras. Um bom exemplo é o Homem Vitruviano de Leonardo Da Vinci onde ele usou o Phi para obter as melhores proporções de um corpo humano, encontrando assim, a beleza.
     Podemos encontrar a no corpo humano, por exemplo, dividindo a altura do corpo pelo comprimento dos pés até o umbigo.
     O grande fascínio que ronda o Phi é que ele é uma constante matemática, porém, ligada a fenômenos biológicos.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Mojo Books

 

     Após um mês sem novas postagens no blog, resolvi escrever uma sobre uma idéia criativa que vi na televisão. Estou aberto a novas sugestões para as próximas.

      Domigo estava vendo o programa "Olhar Digital" na Rede TV quando passou uma reportagem sobre a primeira editora de livros totalmente digital brasileira. Ela propõe uma nova maneira de literatura: como seria um álbum musical transformado em livro? Segundo o próprio site, uma boa maneira de começar a escrever uma obra desse tipo é imaginar qual seria a história ideal (sim, é uma ficção e não uma resenha) para uma pessoa ler enquando estiver escutando o tal disco. O site é aberto para publicação e download das obras que são escritas pelo internautas.
     Achei uma excelente idéia e talvez até eu, algum dia, escreva um.
     

Clique aqui para conhecer a Mojo Books.


sábado, 7 de junho de 2008

O Brasil e a leitura

  

     Não é de hoje que ouvimos que a leitura no nosso país é vergonhosa. No ano de 2000 uma pesquisa mostrou que apenas 33% dos adultos brasileiros lêem. Em média, lemos 1,8 livros por ano.
     Não podemos culpar somente os muitos cidadãos que têm hábito de não ir ao cinema pois acham a leitura da legenda uma tarefa extremamente árdua. Boa parte da culpa dessas tristes estatísticas vem do modelo de educação cultivado em salas de aula. A maior parte dos educadores, principalmente da rede pública, não tem sequer o trabalho de trabalhar em sala a importância da leitura e que nos livros também pode-se encontrar uma boa diversão. "Não tenho paciência" é a principal resposta que escutamos quando o assunto é enfrentar uma temida folha cheia de palavras escritas.
     Outro fator que implica a baixa aproximação de brasileiros com livros é o preço dos mesmos. Comprar livros regularmente é um hábito levará um bom tempo para entrar na vida da maioria da população do Brasil. Um único best-seller, por exemplo, custa em média R$60,00 o que equivale a 14% do salário mínimo. Uma radical queda de impostos cobrados em cima dos livros com certeza aumentaria o índice de leitura no país.
     Entretanto, a principal causa do baixo índice de leitura aqui é a educação que vem de casa. Os pais que não gostam de ler passam esse hábito aos filhos não os apresentando literatura desde cedo, logo na infância. Acham que a iniciação à leitura é dever da escola, que por sua vez não cumpre com competência o que lhe foi estimado.
     Além de cultural, a causa do problema de leitura aqui, é principalmente por falta de estímulo, tanto pela escola como pelos pais. Se quisermos acelerar o desenvolvimento de nossa nação, temos por obrigação transformar esse país de "adversos à escrita" em um país de leitores.

domingo, 1 de junho de 2008

A Rainha do Crime

 

     Um dos primeiros livros "adultos" que li foi de autoria de Agatha Christie, conhecida como "a rainha do crime" devido ao gênero que escreve: policiais. "Os elefantes não esquecem" não só foi pra mim uma abertura para esse tipo de literatura como também a causa da minha paixão pelas obras dessa excelente escritora britânica.
     Todos seus livros seguem quase a mesma linha: acontece algum evento misterioso (quase sempre um assassinato) que vai sendo clareado a cada página e termina com um final surpreendente. Os personagens criados por Agatha geralmente aparecem em mais de um livro, como Tommy e Tuppence, Miss Marple e Hercule Poirot (esse é o cara!) que é praticamente um segundo Sherlock Homes e está presente em grande parte de seus romances. Essa presença de personagens familiares faz com que a trama fique mais interessante e como se fôssemos verdadeiros conhecidos pois conhecemos sua personalidade e os casos que solucionaram anteriormente.
     Atualmente estou lendo "Um brinde de cianureto" que deve ser aproximadamente o vigésimo livro da autora que leio. Mas não pense que isso é muito pois ela publicou durante vida (ela faleceu em 1976) mais de 80 obras. O melhor título, na minha opinião, é "O caso dos dez negrinhos" e o mais fraquinho é "Assassinato no Expresso do Oriente" mas ainda existem outros fantásticos como: "Assassinato no Campo de Golfe","A casa torta" e "Morte na praia".

Cássia Eller

 

     Acabei de ver um DVD acústico de Cássia Eller e percebi como realmente não conheço os bons cantores brasileiros. De música, entendo muito pouco, e o pouco que eu conheço é sobre música estrangeira.
     Que Cássia tinha uma voz excelente eu já sabia. O que eu não conhecia era seu carisma e a boa qualidade e originalidade das músicas que canta. No DVD, ela interpreta várias músicas (muito bem escolhidas) de diferentes gêneros, que na sua voz, ficam ainda melhores. Não consegui desligar enquanto o show não acabou. Para quem ainda não conhece nem um pouco de seu estilo, recomendo que procurem, pois é realmente bom.